Após passar alguns dias conhecendo a super colorida La Paz, tomamos o ônibus rumo ao Salar de Uyuni. Viajamos em um ônibus leito a noite toda e chegamos por volta das 06:30 da manhã na simpática cidadezinha de Uyuni. Descemos do ônibus e o receptivo local já estava nos aguardando para levar para tomar o café da manhã em um restaurante local, enquanto ele equipava o veículo 4×4 com comidas, bebidas e tudo mais que precisaríamos para percorrer o deserto, visitar os lagos, subir a 5000 metros de altitude para conhecer o Geiser e seguir para passar a noite em Polques, onde se encontram as piscinas naturais de águas termais.
O Salar de Uyuni apesar de ficar na Bolívia, você também pode visitá-lo à partir de San Pedro de Atacama que fica no Chile. Trata-se de um destino fascinante e oferece uma ampla variedade de atividades e atrações. Aqui estão alguns lugares e coisas para fazer tanto no próprio Salar de Uyuni quanto em seus arredores:
1º Dia
Cemitério de Trens
Antes de entrarmos propriamente no Salar, fizermos a Visita às Locomotivas Antigas no Cementerio de Trenes: Localizado perto de Uyuni, é um lugar interessante para ver trens antigos que foram abandonados e que agora servem como uma atração turística. Não precisará de muito esforço para fazer fotos incríveis aí.
Após a visita e muitas fotos no Cementerio de trenes, entramos no Salar.
Salar de Uyuni
Entramos no Salar e é aquela imensidão branca e o céu azul, começamos a explorar o deserto visitando “olhos d’água” no meio do deserto. Logo partimos para uma fábrica de sal onde nos mostraram como fazem a extração do sal, você também poderá ver os incríveis cristais de sal, e também os blocos de sal que inclusive depois tivemos o privilégio de ver em nosso Hotel feito praticamente todo em sal. O teto, a cama, as paredes, mesas, esculturas, na verdade foi uma experiência única.
Saindo da fábrica de sal, nosso guia parou o nosso Toyota 4X4 no meio do deserto e começou a montar a mesa, as cadeiras colocou o guarda-sol, e fizemos ali nossa primeira refeição no deserto regada a comida caseira, vinho cultivado em alturas, e um delicioso suco de quinoa. Foi uma experiência única. Logo seguimos nosso passeio e paramos onde há uma escultura do Dakar Bolívia.
Seguindo o passeio, iniciamos as divertidas fotos em em perspectiva: O salar é famoso por criar ilusões de ótica devido ao seu vasto e plano campo de sal. Após um milhão de fotos, e muitas risadas seguimos em direção a Incahuasi, que é só possível chegar nas estações secas, segundo o motorista/guia, na época de chuva não é possível chegar lá devido ao acumulo de água pelo salar.
Incahuasi (Isla Pescado)
Trilha e Vista Panorâmica: Esta ilha é coberta por cactos gigantes e oferece uma vista espetacular do salar e das áreas ao redor. Há trilhas que levam a pontos de observação com vistas deslumbrantes. Se tiver folego, suba até a parte mais alta da trilha, não esqueça de se hidratar muito, e tenha atenção a trilha para não sofrer nenhum acidente. Para entrar na ilha, você deve comprar a entrada. Fique atento para dar o dinheiro trocado, e peça o ticket. Como estávamos em grupo, o rapaz que estava cobrando, recolheu o dinheiro de todos, e deixou de entregar um ticket. 👀
Saindo de Incahuasi, tivemos a sorte de encontrar uma parte do deserto ainda com água, formando lindo espelhos, onde finalizamos o dia com uma mesa de queijos, castanhas, vinho com um mágico por do sol!
Finalizamos o dia e partimos para o nosso Hotel de Sal, e fechamos o passeio pelo Salar Uyuni com chave de ouro!
2º dia
Deserto de Dalí, Lagunas e Geiser Sol da Manhã
Após um delicioso café da manhã, partimos aos primeiros raios rumo ao deserto de Dalí e lagos. Deixamos a imensidão branca para trás, e pegamos a estrada bastante rudimentar em alguns trechos. A paisagem começa a mudar já nos primeiros Kms. Já vai aparecendo um verdinho aqui e ali, montanhas em tons alaranjados e LLamas 🦙🦙🦙.
Fizemos a primeira parada em na cidadezinha de San Cristóbal, aproveitamos esta parada para usar os banheiros e esticar as pernas. É super importante, pois são horas viajando no meio de montanhas e por lagoas, tudo muito selvagem, ou seja, se precisar ir ao banheiro, terá que ser o “baño inca” (no meio do matinho, ou atrás de alguma montanha). Saindo dali seguimos a viagem e entramos na Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa.
Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa
A reserva tem a área protegida mais visitada do país, e aí estão as lagoas: Laguna Hedionda, Laguna Colorada, Laguna Verde, que são conhecidas por suas cores vibrantes devido a minerais e algas. Além de outras e também o famoso vulcão Lincacabur, que está entre a Bolívia e o Chile, e pode ser avistado de longe.
Após muitas fotos, e sorrisos congelados, paramos para almoçar em umas ruínas de pedras, que parecem ter saído de algum filme. Nosso guia preparou a mesa com todas as comidas e bebidas, tudo simples e muito saboroso. Aproveitei para colocar minha calça de neve, próximo aos lagos, venta muito, pelo menos quando estivemos, com isto, a sensação térmica é bem baixa.
Seguimos o nosso passeio e tivemos a sorte de encontrar alguns poucos flamingos, mas ainda assim, foi mágico. Passamos pelo Deserto de Dalí e logo visitamos a árvore de pedra. “Arbol de Piedra”.
Ali já fazia tanto frio, que saia lágrimas dos olhos, mas valeu à pena. Realmente é um lugar único. Saindo dali seguimos rumo aos Geisers Sol de la Mañana. No meio do caminho começou a nevar, e foi mágico. nós ali no meio do nada, e floquinhos começando a cair.
Geiser Sol de la Mañana
Finalmente chegamos aos Geysers, já era final do dia. Foi desafiador sair de dentro do carro quentinho, mas valeu à pena, ainda que por alguns poucos minutos, pois já estávamos a uma altitude de 4.900 metros, além de estar nevando. Subimos correndo de volta ao nosso 4×4 e fomos em direção ao hotel onde tinha as piscinas naturais de Polques.
Passamos a noite ali, tomamos o nosso café da manhã e saímos bravamente em direção às piscinas naturais. Paga-se um valor para entrar que é bem baratinho, uns 6 bolivianos. Olha, vou falar, precisei de muita coragem para tirar a roupa e ficar só de biquíni para entrar na piscina. Fazia muito frio, mas foi lindo entrar na água, em volta com os resquícios de neve da manhã e um entorno selvagem. E, preciso confessar que uma vez dentro da piscina quentinha, a minha vontade era ficar ali por horas.
Essas são apenas algumas das muitas coisas que você pode fazer na região do Salar de Uyuni e arredores. A área é cheia de beleza natural e oportunidades para aventuras inesquecíveis!
O que você precisa saber antes de ir 😉
Como chegar ao Salar de Uyuni
Para chegar ao Salar de Uyuni a partir de La Paz, há algumas opções que você pode considerar. O Salar de Uyuni está localizado no sudoeste da Bolívia, e a viagem pode ser feita por diferentes meios de transporte:
1. Aéreo
A maneira mais rápida é pegar um voo de La Paz para Uyuni. O voo leva cerca de 1 hora e 15 minutos. As principais companhias aéreas que fazem esse trajeto são a Amaszonas e a BOA (Boliviana de Aviación). Depois de chegar em Uyuni, você pode contratar passeios para explorar o Salar de Uyuni.
2. Ônibus
Se você preferir uma opção mais econômica, pode pegar um ônibus de La Paz para Uyuni. A viagem de ônibus leva entre 8 e 12 horas, dependendo das condições da estrada e do tipo de ônibus. Existem diferentes tipos de ônibus, desde opções mais básicas até confortáveis “cama” com poltronas reclináveis.
- Empresas de Ônibus: Algumas das empresas que fazem esse trajeto incluem a Expreso Santa Cruz, Todo Turismo e Flota Bolívar. É aconselhável verificar os horários e a disponibilidade com antecedência e reservar os bilhetes.
3. Carro
Se você estiver interessado em uma experiência mais aventureira e tiver um veículo adequado, pode optar por dirigir até Uyuni. A viagem pode levar cerca de 8 a 12 horas, dependendo das condições da estrada. Certifique-se de estar preparado para as condições adversas das estradas e tenha um bom mapa ou GPS.
Melhor época para visitar o Salar de Uyuni
Se quiser evitar chuva, não já em janeiro, costuma chover por mais de 20 dias. As chuvas iniciam em novembro, tem o pico em janeiro e só começam a diminuir em março.
O mês menos chuvoso é em junho, mas há grande possibilidade de pegar neve. O mês com mais dias de nevadas é julho. Estivemos em Agosto, e tivemos o privilégio de pegar neve. Então se for nesses meses, se prepare para levar roupas adequadas para este clima.
Agora se quiser ter dias ensolarados por mais tempo, vá em dezembro.
Abaixo as temperaturas médios por mês:
- Janeiro: 18ºC
- Fevereiro e março: 17.7ºC
- Abril: 16.3ºC
- Maio: 13.1ºC
- Junho: 11.6ºC
- Julho: 10.8ºC
- Agosto: 13ºC
- Setembro: 15.7ºC
- Outubro: 17.8ºC
- Novembro e dezembro: 19.3ºC
Para mais detalhes você pode entrar no site: https://www.weather-atlas.com/es/bolivia/uyuni-el-tiempo-en-enero#temperature
Dicas Adicionais
Preparação: O clima no Salar de Uyuni pode ser extremamente frio, especialmente à noite, então leve roupas quentes. Também é importante levar protetor solar e óculos escuros, pois o reflexo do sol no sal pode ser muito forte.
Altura: A altitude é elevada, então esteja preparado para possíveis sintomas de mal de altitude. Hidratação e aclimatação são importantes. Eu tive que mastigar por diversas vezes folha de coca, e aliviou bastante a dor de cabeça e a náusea devido a altitude.
Agendamento: É recomendável reservar passeios com antecedência, especialmente na alta temporada.
Moeda Local: BOB – bolivianos. Procure já levar o dinheiro cambiado, já que Uyuni é bem pequena e não há tanta oferta de casas de câmbio como La Paz, além de ser mais caro.
Nos países que eu visito, eu utilizo o cartão Wise, é super prático e seguro, além das taxas serem mais baratas do que o valor em espécie por serem convertidas em dólar turismo, euro, etc. Além disso, você também pode sacar o valor em espécie (verifique se haverá taxas antes).
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